A QUESTÃO CHINESA

JN: YU, AU LOONG
CONTRABANDO

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Ao longo do último século, a China tem sido um lugar de recorrente insurreição social. Das combativas greves gerais anticoloniais de 1925-1927 à mobilização em massa dos camponeses nos anos 1930 e 1940, incluindo as convulsões da Revolução Cultural e os movimentos pró-democracia de estudantes e trabalhadores dos anos 1980, o povo chinês engajou-se repetidamente em lutas contra as desigualdades materiais e a opressão política. A Questão Chinesa traz para o português os debates mais atuais do marx ismo sobre as relações sociais e o regime de acumulação no país, debatendo se a China pode, ou não, ser considerada um Estado capitalista. Desde a violenta repressão contra o movimento por democracia na Praça da Paz Celestial, em 1989, muitas pessoas na China, assim como internacionalmente, passaram a acreditar que décadas de rápido crescimento econômico sufocaram a resistência social. Isso não poderia estar mais longe da verdade: embora o Partido Comunista tenha sido vitorioso em extinguir uma oposição política sustentável, a resistência dos de baixo às injustiças e as reivindicações por maior igualdade social e econômica continuam sendo uma força poderosa na República Popular da China. Talvez a principal fonte de agitação venha dos trabal hadores. Grandes protestos e levantes seguiram às privatizações e reformas de mercado nas empresas estatais ao final dos anos 1990 e início dos anos 2000. A insurgência cresceu em escopo e intensidade ao longo dos anos 2000 e 2010, impulsionada pela escassez de mão de obra e um ambiente político relativamente permissivo. Após uma enorme onda de greves na indústria automobilística em 2010, houve até uma discussão pública sobre a garantia do direito de greve para os trabalhadores - direito retirad o da Constituição em 1982, quando o país embarcava nas reformas de mercado. Em meio à expansão urbana gigantesca e sem precedentes históricos na China, milhões de camponeses foram expropriados de suas terras, em geral recebendo uma pequena fração de seu valor de mercado. Em certas ocasiões, isso gerou intensa resistência, muitas vezes ganhando contornos violentos. No exemplo mais relevante da última década, em 2011, a aldeia de Wukan, no sul, se revoltou contra as autoridades locais que vendiam suas terras para incorporadores. Os camponeses insurgentes, na prática assumiram o controle físico da aldeia, exigindo a reversão da venda e eleições democráticas para a liderança do vilarejo. Embora o movimento não tenha, em última instância, tido s
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